domingo, 19 de agosto de 2007

Sim

é alarde falso
falseado pelo contraste
de cores berrantes
de variados tamanhos e formas

as cores
sua expressividade
seus tamanhos
os sentimentos desencadeados

sempre pensados
nunca impressos.

Escrita

Pois o texto jamais ganhará outra dimensão senão a da palavra escrita. Cores ou tamanhos o tornarão no máximo mais desagradável ou mais fácil de ser lido. Pelos que têm dificuldade em enxergar, as letras grandes serão mais facilmente lidas, por mais que se apresentem de forma deselegante. As letras coloridas, em fundo de baixo contraste, marcam apenas a obtusidade do autor: se quer um texto intrincado, que o faça pelo próprio texto e não lhe colocando obstáculos físicos. Se o autor não quer que sejam lidos, apenas não publique.

A internet está cheia de pseudo-autores dados a escrever subliteratura. Portam-se, ingenuamente, como se estivessem a fazer algo inteligente quando estão fazer experimentos literários tresloucados. Isto não porque sejam, sempre, estúpidos, mas sim porque não têm critérios que não os que se lhe apresentam sobejamente diante do nariz.

Os beletristas de outrora expandiam a mente com Virgílio, com a literatura clássica e a fina flor do que havia em sua época. No período hodierno expandem a mente com entorpecentes. E, por aí, se vê uma bela colecção de nulidades.

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