segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Em poemas ou romances tradicionais, a preparação especial dos aspectos é bem mais discursiva do que, por exemplo, em certos poemas elípticos de Ezra Pound ou do último Brecht, em que a justaposição ou montagem de palavras ou orações, sem nexo lógico, deve, como num ideograma, resultar na síntese intuitiva de uma imagem, graças à participação intensa do leitor no próprio processo de criação (a teoria da montagem fílmica de  Einsenstein baseia-se nos mesmos princípios).

A personagem de ficção. Candido, Rosenfeld et alli. Ed. Perspectiva, São Paulo, 2002, p. 14.

Nenhum comentário:

Postar um comentário