segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Eu voltava para a casa, através dos campos. Estávamos precisamente no meado do verão. Fizera-se a limpeza dos pastos, e os camponeses preparavam-se para ceifar o centeio.
Nessa época do ano, há uma variedade maravilhosa de flores: trifólios felpudos e aromáticos, vermelhos, brancos, cor de rosa; margaridas insolentes, malmequeres brancos, jeitosos, de pólen amarelo vivo, com o seu fétido picante, de podridão; a colza amarela, recendendo a mel; campânulas brancas e roxas, altas, semelhando tulipas; ervilhas-de-cheiro; escabiosas ordeiras, flavas, vermelhas, rosas e lilases; a tanchagem de penugem rósea esmaecida e um perfume agradável, quase imperceptível; as centáureas de um azul intenso ao sol, quando desabrocham, e cerúleas, com tons avermelhados, ao anoitecer, quando se vão fanando; e as delicadas flores da cuscuta, que recendem a amêndoa e têm vida muito breve.
Liev Tolstói, Khadji-Murát. Tradução Boris Schnaiderman, Cosacnaify, p. 21.

Trifólio

Margarida

Malmequer

Colza

Campânula

Escabiosa

Flava (Feno-de-cheiro)

Centáurea

Cerúlea

Cuscuta

Ervilha de cheiro

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