Em honra às visitas, prepararam o samovar. O chá tinha cheiro de peixe, o açúcar estava roído e cinzento, sobre o pão e a louça circulavam baratas; beber aquilo era repugnante e a conversa também era repugnante — só falavam de miséria e de doença.
Anton Tchekhov, O assassinato e outras histórias. Trad. Rubens Figueiredo, Cosac Naify, São Paulo, 2002, p. 94 — Os mujiques.
Nenhum comentário:
Postar um comentário