sábado, 2 de abril de 2011

— No tempo da servidão era melhor — disse o velho, enquanto enrolava seda. — O sujeito trabalhava, comia, dormia, tudo na sua hora. No almoço tinha sopa de repolho e mingau, de noite também davam sopa de repolho e mingau. Pepino e couve, isso tinha à vontade: a gente comia livremente, o quanto a alma quisesse. E havia muita severidade. Todo mundo andava na linha.
Anton Tchekhov, O assassinato e outras histórias. Trad. Rubens Figueiredo, Cosac Naify, São Paulo, 2002, p. 116  — Os mujiques.

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